quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Passarai, passaralho! Começa onda de demissões no SJCC

Conforme eu havia adiantado neste post, o Sistema Jornal do Commercio de Comunicação está mesmo em crise.

PARA TUDO!

:O

Antes de vocês perguntarem qualquer coisa do tipo "por que Clóvis o Estagiário pega tanto no pé do SJCC?" ou "por que ele só fala do Jornal do Commercio?" quero dizer que as informações chegam para mim porque passei por lá. Um ano e três meses. Então, conheço algumas pessoas e sei o caminho das pedras. Para falar do DP, Folha, Tribuna, Globo, Clube e outras fica mais difícil, mas de vez em quando sai.

Mas vamos lá.

Nesta quarta-feira o mercado jornalístico tomou um susto quando foi anunciada a demissão do "núcleo duro" da editoria de política do JC. O editor Ciro Carlos Rocha, o sub-editor Márcio Didier (Sapo) e o fotógrafo Clemilson Campos não fazem mais parte do team. Também foram demitidos Fabiane Cavalcante (editora de Brasil), Rodrigo Lobo (fotógrafo) e Otávio Toscano (editor de capa).

De acordo com infos que recebi de gente de lá de dentro, o número deve aumentar depois do carnaval. Além da crise interna, fala-se que a postura da editoria não estaria agradando a direção do sistema.

Acompanhe a nota divulgada pelos chefões do JC logo depois que todo mundo ficou sabendo das demissões:

Nota da Diretoria de Redação

Em razão da difícil conjuntura por que passam as empresas de comunicação do país, e ciente da necessidade de um permanente processo de modernização, a Editora Jornal do Commercio viu-se obrigada a fazer ajustes em todos os seus setores, incluindo-se aí a sua Redação.

A partir de avaliação criteriosa e buscando preservar tanto quanto possível a identidade vencedora de seu quadro profissional, houve entre a Diretoria o consenso de que o jornal teria que repensar sua configuração e, por consequência, reduzir cargos de chefia na sua equipe de profissionais.

Esse ajuste terá como resultado a junção de Editorias, o encerramento de nossa representação em Caruaru e a extinção de algumas colunas, cujos índices de leitura não eram satisfatórios.

Sob esse prisma e diante dessa realidade, a Redação do JC passará a ter a seguinte configuração:

Política e Mundo – Gilvandro Filho, Bianca Negromonte e José Aciolly
Cidades – André Galvão e Wilfred Gadelha
Economia – Saulo Moreira e Mona Lisa Dourado
Caderno C – Marcelo Pereira e Olívia Mindêlo
Esportes – Eduardo Azevedo, Moisés Holanda e Marcos Leandro
Artes – Bruno Falcone, Karla Tenório e Fabiana Martins
Fotografia – Arnaldo Carvalho, Heudes Régis e Chico Porto
JC Online – Diogo Menezes e Betânia Santana
Editor assistente de abertura – Diana Moura Barbosa
Editor assistente de fechamento – Rafael Carvalheira

Aos profissionais que deixaram o quadro da empresa – os jornalistas Otávio Toscano, Ciro Carlos Rocha, Fabiane Cavalcanti, Márcio Didier, Thiago N. Cavalcante, Carolina Botelho, Manuela Vieira de Melo, Clemilson Campos, Rodrigo Lôbo, Consuelo Leitch, e Pedro Romero, além dos funcionários administrativos Jair Teixeira, Flávio Costa e Marcos de Andrade – nosso reconhecimento à colaboração que cada um teve na história de recuperação do Jornal e na liderança de mercado que ocupa há quase duas décadas.

Atenciosamente,
Ivanildo Sampaio – diretor de Redação
Laurindo Ferreira – diretor-adjunto de Redação
Maria Luiza Borges – editora-executiva

Foi copiado do Blog de Jamildo, por isso a formatação está diferente.

Para piorar, a circulação do jornal impresso vai ser reduzida no interior do estado. Em cidades de porte médio como Glória do Goitá, Tracunhaém e Serrita, o JC deixa de circular em março e só vai ser possível ter acesso à sua edição online. O informe do encerramento da venda e da entrega de assinaturas foi divulgado no dia 16 deste mês:


Lembrando que os correspondentes regionais do JC foram demitidos no começo do ano: os estados da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba não tem mais nenhum repórter do grupo. Ah, e no país de Caruaru, Pedro Romero - quase um patrimônio vivo da capital do agreste, igualzinho à feira - também saiu.

Léo Dantas, do marketing, também não faz mais parte do conglomerado comunicacional. Editores que pediram anonimato colocaram o cargo à disposição em solidariedade aos colegas demitidos.


Os mais velhos afirmam que a crise se assemelha à vivida pelo jornal no início dos anos 90, quando quase fechou as portas. O rombo é grande: só a gráfica deu um prejuízo de R$ 3 milhões no ano passado.

Para deixar as coisas ainda mais tensas, a previsão é de que mais gente voe no pau no pós-carnaval (eita, rimou!). O NE10 deve ser o próximo alvo, com a demissão de pelo menos dois editores. A Rádio Jornal e a JC News, se não melhorarem com a nova gestão de Beatriz Ivo, também vão anunciar cortes.

E os cortes vão ser, preferencialmente, em cargos de alta patente. Editores, Chefes, Coordenadores, Diretores... assim vai ser possível manter o equilíbrio financeiro e o salário de até R$ 22 mil que alguns figurões recebem por lá todo mês. Para esses, a má notícia é de que não terão carro novo trocado este ano... #xatiadérrimos

Olha o PASSARALHO aí, gente!


Quem aguenta esse brinquedinho?

O pessoal que saiu já está disponível no mercado, mas creio que não por muito tempo. Gente talentosa como eles, arranja outro job num piscar de olhos. Eu, que sou uma merda, só fiquei quinze dias parado! 

Força, foco, fé, filé, foda e farofa, pessoal!

8 comentários:

  1. Essa da gráfica é mentira feia. Todo mundo ganhou PPL em agosto/13

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  2. Referente ao primeiro semestre. No segundo, veio a quebradeira. :/

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  3. E Jeráudo Freires, vai sair pra radio Folha ?

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  4. Mentira! Empresa inchada tem que ajustar mesmo para continuar no mercado. Bando de FDP a classe da redaça agora vai SFD. 2013 ainda teve lucro, 2014 sem as almas também vamos ter....

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  5. Um PPL baixíssimo, por sinal. Beeeem diferente de PPLs anteriores.

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  6. Esse Anônimo de 26 de fevereiro de 2014 17:12 é o tipo de pessoa que ainda se reproduz nas redações. Sem a mínima consciência de classe e querendo que todo mundo se lasque, sem perceber que todo mundo pode incluir ele, que certamente - se não for estagiário - vai fazer mimimi pro pessoal do sindicato, posando de vítima e doido pra ferrar o próximo chefe. Quanto ao sistema jc, é mais do mesmo. Vão-se os profissionais experientes e ficam os mais novos e estagiários, sem a orientação de profissionais mais vividos. O resultado são as reportagens superficiais, quando com erros e falhas de apuração. Nas rádios é a mesma coisa. Textos pobres, dicções sofríveis, erros repetidos. Os estagiários são jogados às feras - o redattor do blog sabem bem disso. O colapso não é só do jc, mas de todo o mercado de jornalismo/radialismo. Os sindicatos fazem de conta que não é com eles, as empresas continuam a botar pra f... na galera e,aos poucos, o mercado vai se transformando numa coisa amorfa e sem lei.

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  7. Os salários “milionários“ do JC não estão na Redação

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  8. Mais um exemplo do despreparo das equipes de rádio: estava a ouvir a Rádio Jornal no sábado, dia 08, quando André Luiz Cabral, que começou a falar da violência no futebol, passando para a questão do preconceito racial e descambando para homenagear as mulheres - só esquecendo que elas também jogam futebol - disse que era preciso acabar com os preconceitos, e acabar com "o ceticismo com as mulheres, o ceticismo com os gays, o ceticismo com os negros" e por aí foi. Dá pra pelo menos consultar um dicionário antes de pensar em falar? Ou pensar antes de falar? Ou simplesmente pensar? Ou, quem sabe, não falar? Desse jeito, que fica no ceticismo com o rádio é o ouvinte.

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