quinta-feira, 5 de julho de 2012

Me fodam e rasguem meu diploma

Galera, eu nunca faço isso. Não uso o blog para desabafos e nunca ofendi ninguém cof, cof, só levo tudo na brincadeira pra fazer o dia de vocês mais legalzim.

Mas hoje fiquei muito #chatiado - pra não dizer puto - com o que vi na TV Jornal. Tava passando pertinho do estúdio quando ouvi alguém falar: "essa matéria de Pepê vai ao ar hoje?" Pensei que seria algo do cinegrafista Walter Pepê - o galegão sueco que a turma aqui conhece - mas não. Era um repórter chamado Pepê.

Fui ver que matéria era essa e levei um susto quando vi o cantor do Sem Razão Ourissamba e Forró Bichinha Arrumada assinando como repórter. Caramba... fiquei no chão.

A matéria até que ficou legal - afinal, fazer matéria fria de culinária não exige muito - mas, pow... eu estudei quatro anos, gastei a maior grana pagando facul todo mês e vejo uma vaga de repórter preenchida por um cantor de pagode? Se eu soubesse que seria mais fácil, teria levado à frente meu projeto musical e esquecido a universidade...

Não é do Sem Razão não. Desculpa aí, galera (é que pra mim é tudo a mesma m...coisa)

Agora sim, corrigido.
Cara, nada contra você. Só acho que cada um deve estar no seu quadrado 

Ah, mas isso pode ocorrer em qualquer TV, viu? Não é exclusivo do Canal 2. Isso só mostra como nossa categoria é fraca e desunida. Afinal, você deixaria uma pessoa não habilitada realizar uma cirurgia cardíaca no seu filho? Mas fazer matéria pode, né? Os primeiros a levantar a voz deveriam ser nós mesmos, jornalistas e estudantes de jornalismo. No entanto...

Hoje, uma reportagem sobre comida. Amanhã, sobre polícia. Depois, economia e quando menos esperamos teremos qualquer um fazendo análise política e formando a opinião da sociedade.

Me fodam e rasguem meu diploma.

15 comentários:

  1. Discordo, querido estagiário. Reporter por um dia todo mundo é. E Jornalista é quem menos deve dar opinião sobre política e economia. E sim buscar quem entende do assunto pra fazer. Seria por isso que tem tanta gente vendida por aí - inclusive no meio esportivo? Porque quer ser o dono da verdade sem ter estudado de fato para isso. Ou um jornalista que escreve sobre saúde é médico. Acredito que o tal cantor não vá ser repórter, apenas "adotou" o título por um dia, como faz o VideoShow, com os atores, por ex. Ou mesmo o Fantástico que bota não jornalistas para apresentar. Opiniões, podem me xingar.

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  2. Assisti sim, foi ao ar ontem, no "Sabor da Gente", com o Chef Wellington.

    Ele, o Pepê visitava a casa de uma telespectadora que adora cozinhar. Eu até pensei que fosse onda da trupe do Papeiro, com o Chef Ureiellington, mas nada.

    De fato, cada macaquinho no seu galho, ou como diria a Sharon Acyoli, da Axe Moi: "...ado, a-a-ado, cada um seu quadrado..."

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  3. Exato, Anônimo daí de cima (o primeirão). Jornalista não deve falar sobre o que não sabe e sim procurar os especialistas, se informar e repassar a informação para a sociedade. E não, ele não é repórter por um dia. Como falou o Anônimo de baixo, não foi a primeira matéria dele e em momento algum o cantor disse que era "repórter por um dia" ou algo semelhante. Ado, a-ado, cada um no seu quadrado.

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  4. concordo com o estagiário, essas emissoras que adotam "especialistas" em vez de jornalistas, podem iniciar a destruição de uma profissão, que muita gente se dedicou por anos vislumbrando um sonho cada vez mais distante.

    CADA UM NO SEU QUADRADO

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  5. Ele não´é reporter por um dia não. Uma curiosidade, ele já foi apresentador do programa Percussão, na antiga ESTAÇÃOTV, o programa durou mais de 2 anos, além de também já ter apresetado junto com Beto e sem ele o CLUBE SHOW, na Clube.

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  6. Então,esse seu post esta com uma dose até descabida de INVEJA. Diploma não é sinônimo de capacidade jornalistica.você que é tão exigente, deveria toma mais cuidado ao fazer uma publicação colocando como referencias fotos erradas (Banda sem razão, pêpê nem por lá passou.) E como o Fernando ai a cima falo, ele tem uma bagagem até interessante na área e tem algo que acho fundamental pra um JORNALISTA pluralidade social.

    Um bom jornalista se permite situações artísticas e culturais.

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  7. As pessoas pensam que Jornalismo é brincadeira. É você pegar um microfone, ficar em frente da câmera e soltar algumas palavras ao vento e pronto o trabalho está realizado. Até concordo quando o primeiro comentário diz para" buscar quem entende do assunto", mas ai eu o intitulo como "fonte" e não como repórter. Eu acho que antes de comentar sobre qualquer coisa é essencial se informar para não sair por ai falando "caquinha". Desde quando "Jornalista é quem menos deve dar opinião sobre política e economia?" Não sei se você sabe, senhor "comentário desconhecido", mas no curso de jornalismo existe uma cadeira chamada "Jornalismo Opinativo", na qual se aprende a escrever crônicas, resenhas, críticas... Também se aprende no curso de jornalismo coisas simples como postura em frente a câmera e como segurar o microfone. E falar sobre off , passagem, DI, DF, decupar uma matéria acho que não é pertinente, principalmente, para seguradores de microfones, como esse repórter-pagodeiro, né?
    O estagiário arrasou e descreveu perfeitamente como me sinto quando vejo absurdo como esses!

    Beatriz Bandeira

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    1. É verdade... a gente vê os repórteres formados segurando o microfone muito bem, né? É cada vergonha alheia que dá medo!

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  8. Não é a 1º vez que ele faz matérias p tv jornal... Vejo que , infelizmente, não é preciso um diploma pra poder ser repórter de Tv.

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  9. Repórter-pagodeiro? Seguradores de microfone? Conheço vários com diploma de Jornalista... Conheço muitos estagiários de jornalismo. O português que usam é de deixar o Tiririca com inveja.

    Mas eu sinto orgulho mesmo da profissão de jornalista quando vejo os portadores de diploma trabalhando em programas como Pânico... Onde o foco, a matéria é fazer lambança, as vezes literalmente falando.

    O fato de possuir um diploma não corrige seu português, não o especializa em tudo, não o torna formador de opinião, não o faz perfeito e nem apto a exercer a função para a qual estudou. A exigência do diploma é, apenas e somente isso, uma forma de reservar trabalho pra quem "estudou" a profissão. Uma espécie de "quota" (como as para portadores de necessidades especiais) que tenta, e apenas tenta (porque não consegue), garantir emprego pra quem fez o curso de jornalismo.

    A "denúncia" só é "pertinente" devido ao grande número de jornalistas formados, com diploma, e que mesmo quando o diploma era exigido, não conseguiam emprego e iam roubar as vagas de vendedores de cachorro-quente, ambulantes, vendedores/as de Avon, Natura, etc... Quando essas categorias se organizarem, criarem sindicatos e se especializarem, exigindo diploma para o exercício da profissão, eu quero ver como os jornalistas vão se virar...

    Quanto ao uso de palavras de baixo calão para mostrar indignação... tsc, tsc, tsc...

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  10. Quem escreveu isso ai em cima foi o Pepê foi? Ou o assessor dele? kkkkkkkkkkkkk

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  11. Pepê é formado em jornalismo pela Mauricio de Nassau. E agora, onde está seu deus?

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    1. Acho que esses "jornalistas" invejosos não estudarão, pq antes de falar de alguem tem que realmente ter a certeza do que estará publicando e não colocar o que não sabe. Idiotas !!!

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  12. Engraçado que boa parte dos jornalistas, sobretudo da imprensa escrita, jamais pisaram numa faculdade de jornalismo. Meu falecido pai é um deles. Na época (anos 60), se não me engano, só existia o curso da Unicap, nem o da UFPE existia. Ele aprendeu no batente mesmo e exerceu a profissão por quase 40 anos, sem nunca ter sua competência questionada, muito pelo contrário.

    Os profissionais de antigamente eram muito melhores que esses analfabetos que temos hoje. Tínhamos crônicas maravilhosas nos jornais, os jornalistas além de repórteres eram escritores como Euclides da Cunha, Mario Filho, Nelson Rodrigues, Armando Nogueira, etc. Antes se prezava pelo respeito à língua portuguesa, às fontes e, sobretudo, ao ao público leitor. O mesmo pode se falar da televisão. Vejam a diferença do jornalismo da Globo da década de 80 em comparação ao de hoje.

    É tanto retardado cursando jornalismo hoje que as faculdades terminam, involuntariamente, por prestar um desserviço à profissão. É tanta aberração que vemos hoje, não apenas no que se refere ao uso do vernáculo ou ao conteúdo das matérias, mas também na apuração de notícias, na questão ética e, sobretudo, na eterna mania desses jornalistaliznhos formados em Nassaus e Universos da vida de acharem que entendem de tudo.

    Todo dia leio coisas absurdas, sobretudo em matérias que envolvem Direito e Economia. Se não sabe a diferença entre "mandado" e "mandato" ou entre "indiciado" e "denunciado", pergunte a um especialista. Se não sabe o que é taxa Selic, pergunte a um especialista. Diploma de jornalista não é licença para sair pontificando sobre tudo, é aí que reside o problema.

    O curso não é de todo inútil, tem muita coisa técnica que só se aprenderia com anos de batente que se ensina no curso (principalmente rádio e TV). Porém, os jornalistas de hoje devem aprender a baixar a bola quando necessário e prezar pela qualidade da informação que é repassada ao público ao invés de ficar defendendo reserva de mercado. Quem é bom se garante, independentemente de obrigatoriedade de diploma.

    PS: para quem não sabe, a obrigatoriedade do diploma foi instituída no final dos anos 60, por decreto, pela ditadura militar. Pensavam os militares que, ao criar a reserva de mercado, tirariam de circulação os jornalistas "subservivos". Foi um tiro no pé, uma vez que as faculdades de jornalismo passaram a receber muito mais alunos depois dessa medida e se tornaram verdadeiras "fábricas de jornalistas vermelhos". Se antes da ditadura militar ainda existiam jornalistas conservadores, a partir da década de 80 eles entraram em extinção e hoje 90% da imprensa é "progressista". Ainda bem que o STF votou com bom senso e declarou inconstitucional o velho decreto dos militares.

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