E o dinheiro falou mais alto de novo. Um infeliz anúncio na Folha de Pernambuco desta terça-feira (04) revoltou as bee, as sapato-bico-largo, as sandalinhas, os boys magias, torcedores do Náutico as bibas e os simpatizantes da causa homossexual.
Pegou mal. :(
A repercussão negativa foi tanta que gerou o maior bafafá nas redes sociais. Jornalistas, advogados, estudantes e militantes homossexuais se apressaram em repudiar o anúncio e acusar a Folha de Pernambuco e o Instituto Pró-Vida de homofobia. Apontar indícios deste crime na postura do instituto, tudo bem. Mas não podemos dizer que a Folha também é adepta da "caça aos gays".
A Folha foi infeliz. Muito infeliz. Teve o azar de colocar acima de sua função social interesses comerciais e aí cometeu o seu erro. Da mesma forma que o Pró-Vida pagou para veicular a peça afirmando que "Pernambuco não quer o homossexualismo", poderia ser o material de uma outra entidade defendendo, por exemplo, o corte indiscriminado de árvores para a construção de um condomínio ou uma empresa de saúde animal oferecendo serviços de extermínio de cachorros. Eles publicariam do mesmo jeito, sem pensar duas vezes.
O que quero dizer é que para os executivos do departamento comercial da Folha - que não devem ter noção do que o jornal representa como formador de opinião e amplificador da movimentação social - o que valeu foi o rico dinheirinho que entrou na conta do grupo EQM. Vale o que está pago, e se está pago pode ser publicado.
Eles mesmos deixaram isso bem claro na retratação que colocaram na Fan Page logo depois que o circo pegou fogo: "Com referência ao anúncio publicitário autorizado e pago pelo Instituto Pró-Vida PE, publicado na edição de segunda-feira, dia 3 de setembro, a Folha de Pernambuco afirma que o seu conteúdo de forma alguma reflete a opinião do Jornal. Ao longo dos seus 14 anos, a Folha vem construindo e mantendo uma relação de respeito junto aos seus leitores, focado na promoção dos direitos humanos, inclusive da comunidade LGBT, com quem o jornal mantém diálogo constante".
A Folha não é homofóbica. O Instituto Pró-Vida, pode ser. Vamos separar o joio do trigo e colocar a discussão em outro patamar: até onde o dinheiro pode moldar nossos jornais sem que nós saibamos? O anúncio contra a galera que curte a Metrópole e adoooura o meu blog foi apenas mais explícito que outras matérias, reportagens, entrevistas, artigos, notas, fotos...
E não foi apenas a Folha de Pernambuco que publicou essa belezinha. Olha o que estava lá na edição de domingo do Diário de Pernambuco:
Esse Instituto Pró-Vida não tá fácio...
Pronto. Agora que você soube que o Diário de Pernambuco também publicou o mesmo anúncio, releia o texto substituindo o nome do jornal.
Acredito que esse tipo de anúncio não incomodou apenas homossexuais e simpatizantes.
ResponderExcluir*fácil estagiário tsc tsc
ResponderExcluirNum é? Eçe pesoal qi naum sabe ixcreve as coisa cumplca tdo, né? Rialment não tá facio...
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