Não se vê mais o Recife Antigo abarrotado de gente como antes, é verdade. Tirando o Carnaval, nos outros dias do ano aquele entorno só é animado pela redação da Folha, quatro fiteiros, dois botecos e 15 quartinhos de putas ~sujinhas~.
Nesse cenário, não haveria melhor programação para a Praça do Arsenal no fim de semana que uma maratona de... brega! É isso aí! O brega cult que toca nas boates da Zona Sul foi colocado no meio da rua, de graça, pra todo mundo ver - inclusive os dorme-sujos habitués da região.
O público majoritário era a nata recifense. Engraçado ver o povo rykoh enchendo a cara e dançando até o chão ouvindo músicas do naipe "ele é maluco, o pica pau, ele é maluco..." (LOUCO, Vício) e "estava tão linda vestida naquele baby-dool" (MELO, Michelle). Era a elite com alto nível etílico.
O público majoritário era a nata recifense. Engraçado ver o povo rykoh enchendo a cara e dançando até o chão ouvindo músicas do naipe "ele é maluco, o pica pau, ele é maluco..." (LOUCO, Vício) e "estava tão linda vestida naquele baby-dool" (MELO, Michelle). Era a elite com alto nível etílico.
A noite começou com show de Luís Vieira, de quem nunca ouvi falar na vida (sou sincero, vocês sabem) mas me surpreendeu com um show competente para quem se propôs a esquentar a galera. Tocou sucessos da música sertaneja, errou algumas todas letras, embarcou para o brega pernambucano do passado e ponto final. Nada de novidade, mas não decepcionou. Dou quatro caipiroskas pra ele.
Logo depois subiu ao palco o Victor Camarote. Bichinho... foi quem começou esse movimento todo de brega cult e ainda não é valorizado do jeito que merece. Pareceu um repeteco melhorado do primeiro show. E quando falo "melhorado" é só porque estou levando em conta o figurino do cabra, viu? Só. Dou um espetinho, cinco caipiroskas e duas Bohemias para ele.
Antes do show de Faringes, o público ainda estava chegando. Hora de dar uma circulada pelo Recife Antigo... duas voltas pela Praça do Arsenal e já tinha umas quatro doidinhas na minha mira. ;)
A primeira que cheguei estava sozinha, apesar de parecer integrada a um grupo de cocotinhas acompanhadas por caras malhados. Pensei: "Se ela está sobrando, deve ser mal amada, chata e com a auto-estima lá embaixo. Dá pra mim!" e parti para o ataque.
Mas quando dei uma olhadinha nos zóio dela e soltei aquele sorriso oferecendo minha dose de caipirinha, ela me olhou dos pés a cabeça, fez uma cara de nojo e virou o rosto. Quase mando aquela baranga tomar no (_._) arrudiando! Oxe! Mulé feia cheia de luxo... onde já se viu isso? Deveria agradecer!
Com a cabeça quente, deixei a feiosa pra lá e parti para a outra. Achei duas numa tacada só! Abri meu sorriso na hora, dei aquela piscadinha, passei a mão no cabelo e as duas começaram a rir. Era a deixa pra eu chegar chegando. Uhuuul!
Conversamos pouco, não deu nem pra saber os nomes das duas. Quando eu disse que estava a fim de esticar a noite com qualquer uma das duas, levei um susto ao ouvir "mas nós já estamos acompanhadas. Eu estou com ela e ela está comigo", acompanhado de um beijo cinematográfico que nem eu sei dar em mulher nenhuma.
Que azar! Duas sandalinhas... Bonitinhas feito estudantes da Unicap, mas sandalinhas! Desperdício. Bola pra frente.
Aí começou o show de Faringes da Paixão e o clima de paquera/azaração tomou conta do Arsenal. Era agora ou nunca. Vou dar minha última cartada na menina mais bonita que encontrar, afinal se é pra perder vamos perder para quem joga bonito sacaram essa, torcida tricolor?.
Encontrei o alvo, joguei meu charme, ela respondeu. Cheguei junto, puxei pra dançar e ela veio. Cheguei no ouvido dela e sussurrei: Quer ser minha fofolete do cão?
Levei um tapa e acordei no domingo, às 4 da manhã, deitado no banco de praça. Sujo, ressacado e ainda virgem naquela noite. Quase não vi o show de Faringes, mas pelo que soube foi arretado. Dou uma dose de whysky, quatro capiroskas, uma grade de Bohemia e um prato de filé com fritas para eles.
Kkkkkkkkkkk, melhor resenha de show que li em muito tempo! Parabéns!
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