Chico: o sonho de liberdade não acabou
Por Aristarco Pederneiras
"Liberdade, ainda que tardia!", bradavam os inconfidentes mineiros no século XVIII. Pernambuco com sua revolução de 1817 jogava luzes sobre a causa da liberdade no turbulento século XIX. O século XX é marcado pelo fortalecimento do sentimento libertário criado no seio das nações africanas e asiáticas.
O século XXI já tem seu mártir. Chico, o macaco fujão que passou 17 anos encarcerado em uma jaula menor que as residências do Minha casa Minha Vida no Parque Treze de Maio. O mamífero é o ícone que faltava na galeria de personagens ideais recifenses.
A falta de um ídolo resistente e bravo como Chico nos quadros sociais da cidade maurícia ficou evidenciada diante da excitação popular provocada pela seu escape exitoso. Todos queriam Chico. Queriam beijar o Chico. Fazer amor com o Chico e levá-lo para casa. Free Chico! Free Chico! Free Chico! Gritos retumbantes ecoavam pelas ruas, becos e vielas da capital de todos os pernambucanos.
Chico e sua sede de liberdade ficará ao lado de ilustres personas como Frei Caneca, Miguel Arraes e Deny Oliveira no panteão dos defensores do ir e vir.
* Aristarco Pederneiras é escritor, filósofo, vendedor de pitomba e colaborador do Estagiário Social 1
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