Mais uma vez, a festa de réveillon preparada pela Prefeitura do Recife na praia de Boa Viagem deixou a desejar. Não pelo público (que mais uma vez compareceu em massa), mas pelos pontos que vamos destacar logo abaixo.
A ideia de colocar o palco de Boa Viagem no Pina (?) não foi das melhores, já que a maior parte do público ficou concentrada na altura do Acaiaca - onde mal se ouvia o palco. Em anos anteriores, caixas de som eram espalhadas para que a música chegasse até o fim da praia. Este ano, nem isso.
Para não dizer que só o palco era a animação, bandinhas de frevo estavam circulando. Ideia legal, mas que empolgou pouca ou quase nenhuma gente.
Prefeito e primeira-dama recebem Zeca. Teor alcoolico da foto: 4,5%
Nem vi o show tão falado de Zeca Pagodinho. Muito menos os shows de Del Rey, Mundo Livre S?A e Dominguinhos. Não vi porra nenhuma.
Cheguei na praia bem cedinho, às 20h, e evitei o trânsito do Pina. Fiquei pelo Acaiaca, só dando uma de rykoh, todo de branco com taça na mão, enchendo a cara de Vinho Do Frei. Em pouco mais de uma hora fiquei bêbado. Comecei meu show.
A cada mulher que passava eu repetia o mantra da noite: "delícia, delícia, assim você me mata... ai, se eu te pego, ai, ai..." Só lembro da resposta de uma: "se tu me pega não faria nada, seu brocha". Eu nem liguei e comecei a rir. kkkkkkkkkkk
Uma vantagem de ir para BV sozinho é a liberdade de andar, andar, andar até achar uma família qualquer que esteja disposta a te dar um pedaço de galeto e um pratinho maionese de batata. Andei muito, mas encontrei um grupo que veio de Rio Doce com o kit farofa completo: chester, salpicão, farofa com uva passa, arroz colorido e caranguejo. Sim, caranguejo na noite de réveillon. Pode, Arnaldo? Minha camisa branca logo mudou de tom para encardido na primeira mordida. Bola pra frente.
Iemanjá: tradição de sujar o mar com flores dura há anos
Vi a chegada de 2000 e doce com a família que acabou me adotando por uma noite. Gente boa, mas não lembro o nome de ninguém. Culpa Do Frei ;)
A queima de fogos foi uma frustração. Todo mundo olhando para o mar quando de repente os pipocos começaram no meio da areia. Oxe? Fogos na areia? Pois é. A fumaça tomou conta e ficou difícil ver o espetáculo.
Nessa hora todo mundo virou a cara para o sul e observou a festa realizada em Candeias, no Reino Feudal de Jaboatão. Disseram que a festa por lá bombou. Eu perdi. :(
Depois da queima de fogos fuleira, fui para a beira da praia pular as ondas e pedir a Iemanjá mais sucesso para o blog quando me deparo com isso:
O que é isso do lado esquerdo? É você, Satanás?
Sim, um grupo de beeshas e pyriguetes de Brasília Teimosa faiscando na minha frente, com cara de gente, mas não eram bonitos demais. Começaram a dançar e a rebolar tal qual a dança do acasalamento da Família Dinossauro.
Uma lágrima de sangue escorreu dos meus olhos, mas deu pra tirar mais uma foto.
Gente, esse povo não é de Deus
De estômago embrulhado pelo vinho e pela dança pré-coito que presenciei, desisti do réveillon em BV e fui pra casa. Tentei pegar um táxi, mas quem disse que tinha? Um sofrimento só! Precisei ir para a Mascarenhas de Morais, na Imbiribeira, pra tentar desenrolar algum carro. Graças aos céus consegui rapidinho e parti de volta pra casa, na Abdias.
R$ 25 mais liso, bêbado, fedendo a caranguejo e com areia até o joelho, recebo o carinho da minha mãe no começo do ano: VAI TOMAR UM BANHO, SEU PALHAÇO! ISSO É JEITO DE CHEGAR EM CASA, FIDIRAPARIGA!!! (auto-xingamento, mãe? quiéisso!)
Amo minha família.
Nenhum comentário:
Postar um comentário