domingo, 3 de julho de 2011

Faça um estágio na Fenearte antes de ir pro inferno!

Gente, fui pra Fenearte no sábado passado. Pensei que por estar no começo da feira, ia ter pouca gente por lá... ledo engano! Tinha ser humano brotando do chão! É muita gente por todo o lado, meu povo!

Primeiro que pra chegar de carro (peguei carona com uma "peguete" minha) é um sufoco danado. A Estrada de Belém vira uma Agamenon Magalhães em fim de expediente. O carro não anda pra canto nenhum e dá vontade de apreciar os vendedores de água e pipoca como artistas e suas obras só pra não perder a viagem.

Depois que você consegue entrar, começa o martírio das vagas no estacionamento. Além de pagar caro, ainda tem que esperar um sair pra seu carro entrar. É feito puteiro de pobre: pra usar o quartinho, tem que esperar o cabra lá dentro acabar o serviço.

Carro estacionado, vamos entrar. Qual não é a minha surpresa quando vejo O TAMANHO DA FILA PRA COMPRAR INGRESSO. Gigantesca. Acho que batia nos Bultrins. Mas até que andou rápido e entramos já com o bucho cheio de pipoca e cachorro quente comprado do lado de fora.

Entrando você vê logo um estande muito bonito, com os santos bem feitos, arte em barro, filó, toalhas de mesa... mas, espera aí. Pra quê eu vou comprar toalha de mesa na Fenearte? Deixa pra lá. Fui andando no meio da multidão.

Pense num mói de gente! Esse cara de branco não me é estranho... ;)

Era tanta gente que se tocasse um frevo me sentiria no Galo da Madrugada. Até procurei por um vendedor de loló, mas não achei. Acho que só trabalham no Carnaval mesmo. Tão perdendo mercado. Ano que vem eu vou... deixa, vou não. Continuando.

Estava andando e andando e andando e só via santo, boneco de barro, filó, rede e a p*%$# do pano de prato! Gente, pra quê pano de prato???

No final da minha andança, encontrei o tradicional chocolate de Gramado feito em Casa Forte ¬¬. Um copinho pra relaxar (por R$ 5! Absurdo!) e energias renovadas por mais 3 minutos. Deu pra chegar no estande dos doces portugueses. Ali eu me acabo. Se não era diabético, vou conhecer as doses de insulina em breve.

No final da feira, minha peguete - que ainda não tinha comprado nada, mas olhou tudo o que era estande com pano de prato - disse que queria comprar um vestido que viu no começo da feira. Ou seja: voltei tudiiiiinho pra comprar a roupa e depois voltar tudiiiiiiinho até a saída. Maior programa de índio.

Por falar em vestido, o que ela comprou foi a maior roubada. Acho que era uma lona de circo adaptada. Um pedaço de pano colorido, brega, feio e grande que a deixou gorda, mas como foi feito pelas rendeiras da associação de artesãs de Santa Rita do Lá Longe do Mar, custou uma nota. Paguei metade e disse pra ela: "Só tenho isso".

Foi a deixa pra ela fechar a cara, irmos caminhando até a saída sem dar tempo nem de aproveitar a praça de alimentação que exalava um cheiro forte de macaxeira e charque frita.

Pegamos o carro e nem mais um piu. Cansado que só a gota, fiquei na parada de ônibus e ela arrancou, arretada, sem dizer tchau. Me queimei.

Saldo da Fenearte: pernas cansadas, R$ 95 a menos no bolso, peguete com raiva até agora e bunda doendo de tanto ir pra privada por causa dos doces portugueses.

Um comentário: